Transparência Internacional lista melhores e piores casas legislativas do Brasil; veja ranking

Distrito Federal está no topo; enquanto a Assembleia Legislativa do Acre obteve a pontuação mais baixa

 

A Assembleia Legislativa do Acre ficou em último lugar no ranking da Transparência Internacional, que avalia o trabalho das casas legislativas dos 26 estados e do Distrito Federal. Os legislativos do Amapá e do Piauí também estão no pé da lista (veja abaixo) e que recebam a classificação “péssimo” no estudo.

 

Para elaborar o chamado Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP), que será divulgado nesta quarta-feira (25), os pesquisadores levaram em conta informações como o uso de cotas parlamentares, viagens oficiais, normas de regulação do lobby, presença de deputados em plenário e salários pagos a servidores e aos próprios deputados.

 

Ao todo, o estudo considerou 62 indicadores para definir pontuação entre 0 e 100. O legislativo do Acre obteve 14,4 pontos. A assembleia do Amapá, 18, e a do Piauí, 19. A CNN contactou a direção das três casas legislativas, mas não obteve retorno.

 

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O levantamento também classifica os legislativos, com base na nota, em “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” e “péssimo”. Nenhum deles obteve a classificação máxima. No entanto, a Câmara Legislativa do Distrito Federal e as assembleias do Espírito Santo, Minas Gerais e Ceará conseguiram pontuação para serem avaliadas em “bom”.

 

Para o gerente de programas da Transparência Internacional no Brasil, Renato Morgado, o resultado da pesquisa mostra o tamanho do estado ou seu desenvolvimento econômico não têm relação com a transparência e boa governança dos órgãos avaliados.

 

“Estados pequenos conseguiram melhores resultados que estados grandes e mais ricos. Isso demonstra que, mais do que recursos financeiros, é necessário vontade política para implementar medidas que vão aproximar os cidadãos dos seus deputados. As mesas diretoras das assembleias que assumiram no início desse ano nas novas legislaturas estaduais possuem uma grande oportunidade de promover avanços em seus mandatos”, explica.

 

No estudo, foram avaliados ainda os mecanismos de participação dos cidadãos nas assembleias legislativas. Segundo o relatório, 7 não possibilitam que a população faça denúncias de corrupção pela internet. E mais: foi constatado que nenhum legislativo estadual, incluindo o do DF, prevê medidas para proteção de denunciantes de corrupção.

 

“É preocupante. Outro estudo da Transparência Internacional, revela que 69% das pessoas acreditam que podem sofrer retaliações se denunciarem casos de corrupção. Para combater a corrupção, as assembleias legislativas precisam proteger quem denuncia injustiças e irregularidades através de mecanismos que garantam proteção contra retaliações”, afirma Nicole Verillo, gerente de apoio e incidência anticorrupção da Transparência Internacional no Brasil.

 

Veja o ranking:

Estado Pontuação Classificação
Distrito Federal 75,0 Bom
Espírito Santo 71,0 Bom
Minas Gerais 69,8 Bom
Ceará 60,8 Bom
Goiás 59,3 Regular
Mato Grosso 58,2 Regular
Rio Grande do Sul 49,1 Regular
Paraná 47,5 Regular
São Paulo 46,8 Regular
Bahia 46,0 Regular
Pernambuco 45,2 Regular
Rondônia 44,9 Regular
Santa Catarina 44,4 Regular
Maranhão 43,5 Regular
Pará 41,4 Regular
Roraima 41,3 Regular
Rio Grande do Norte 38,2 Ruim
Mato Grosso do Sul 36,0 Ruim
Paraíba 35,9 Ruim
Alagoas 33,3 Ruim
Sergipe 32,0 Ruim
Amazonas 27,0 Ruim
Tocantins 26,0 Ruim
Rio de Janeiro 24,4 Ruim
Piauí 19,0 Péssimo
Amapá 18,0 Péssimo
Acre 14,4 Péssimo

 

www.valenoticiapb.com.br – Por Leonardo Ribbeiro, CNN Brasil, Foto: Tony Winston/Agência Brasília

 

 

 



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