Porto de águas profundas deve beneficiar 12 municípios paraibanos e geração de 30 mil empregos; prefeitos lutam por parcerias
O investimento para construção do porto chega a R$ 4 bilhões e lideranças buscam parcerias para licenciamento ambiental.
Pelo menos 12 municípios paraibanos, localizados no Vale do Mamanguape, deverão ser beneficiados com o projeto “Porto de Águas Profundas” e em cinco anos, após sua criação, estima-se a geração de até 30 mil empregos diretos, o que dobraria o número de habitantes no município de Mataraca, no Litoral Norte do Estado. No entanto, lideranças e prefeitos da região lutam para conseguir parcerias para o projeto sair do papel.
O prefeito de Mataraca, Egberto Madruga, que lidera o movimento, comentou que já foram realizadas diversas reuniões com gestores, instituições, deputados estaduais e associações. “Isso foi dando corpo às discussões e avançando”, comentou. O investimento para construção do porto chega a R$ 4 bilhões. O Porto terá capacidade para receber, simultanemante, até oito navios, sem afetar a fauna marinha local.
Em conversa com o ClickPB, o prefeito de Mataraca explicou que o projeto precisa passar por uma atualização, tendo em vista que foi elaborado em 2010, na gestão do ex-governador José Maranhão. O prefeito informou que já garantiu R$ 2 milhões que são de emendas do deputado federal Wellington Roberto.
Com esses recursos, disse que será possível fazer essa atualização do projeto e elaboração de um estudo de viabilidade econômica. No entanto, para dar andamento ao projeto é necessário o licenciamento ambiental que é de responsabilidade do Governo do Estado. Egberto Madruga disse que já se reuniu com o governador do Estado, mas que ainda não avançou. “Precisamos fazer o licenciamento dessa obra, com o Governo do Estado. Isso acontecendo a Paraíba receberia diversas grandes empresas”, comentou.
Mataraca já tem 16 metros calados, maior do que o Porto de Cabedelo, e tem mais de 8 mil hectares de área desmatada que irá servir para a especulação. Além disso, a construção do Porto de Águas Profundas ficaria mais próximo da costa da África. O Porto seria autossustentável, pois a área conta com um parque eólico e recentemente fez parceria com uma empresa chinesa para produção de energia limpa.
www.valenoticiapb.com.br – Por Aline Martins – ClickPB