Poesia inspira defensor público na busca por justiça e direitos a quem não tem
São pessoas pobres na forma da lei, sedentas de justiça e carentes dos mais básicos direitos que buscam gratuitamente a Defensoria Pública e na Paraíba encontram verdadeiras tábuas de salvação, vocacionadas à missão profissional e espiritual que abraçaram, exercida e aplicada com a têmpera de um sertanejo aliada à sensibilidade poética genética que corre nas veias.
Uma das ocasiões a que foi compelido foi emblemática. Um pedido judicial de revisão de alimentos por assistida já há 4 anos sem resposta inspirou o defensor público Fábio Liberalino da Nóbrega a peticionar em versos (*) ao juiz da Comarca de Pilar, com argumentos fáticos-jurídicos e palavras do fundo da alma que sensibilizaram magistrado e MP a atender ao pedido.
Apesar de contar com tempo para se aposentar voluntariamente, atua como titular da 7ª. Vara Criminal da Capital, cumulado com a 1ª Vara Criminal e a Penitenciária “Des. Silvio Porto”, conclui mandato ao qual foi reconduzido à frente da Associação Paraibana dos Defensores Públicos e é diretor nacional dos aposentados da ANADEP.
Filantropia
Fora dos autos, ele alimenta o sonho de reunir numa coletânea o que considera pequenas escritas da mente de um estudioso que gosta da poesia e que tem vontade de sê-lo, “mas que fica apenas na vontade. Tem alguns escritos que foram por mim escolhidos e vamos estudar a probabilidade de futuramente fazer uma brochura para distribuir com a renda ser distribuída a instituições de abrigo de idosos, como a “Casa de Lázaro” em Santa Luzia, sua terra natal com a qual mantenho fortes raízes, e o Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Ao descrever seu torrão e lembrar dos pais Antônio Liberalino e Maria Alba (in memoriam), não consegue esconder a emoção: “É minha cidade, meu torrão, a terra que me viu nascer na Fazenda Canadá e crescer, onde eu desenvolvi a minha infância, a minha juventude. Santa Luzia para mim é tudo, tudo na minha vida, me deu régua e compasso. Todos os meus filhos e descendentes cultivam esse amor telúrico pela “Canadá” e fazem daquele pedacinho de chão um santuário para todos nós.
As declarações foram dadas durante entrevista ao Canal do jornalista Cândido Nóbrega, que pode ser conferida na íntegra clicando aqui
Mais um significado
Ele acrescentou que a propriedade, além de ser esse espaço privilegiado para se relacionar com a natureza, fazer uma higiene da alma e desfrutar da paz de espírito ganhou um novo significado com a chegada da energia solar. “Foi a união, poderíamos dizer, do útil ao agradável. A energia solar veio para o Vale do Sabugi para enriquecer cada vez mais Santa Luzia, a nossa região. Veio trazendo mão-de-obra, empregos, renda, fomentando a economia e favorecendo proprietários rurais que foram atingidos pelos parques solares”, afirmou.
Pioneirismo e amplitude de desenvolvimento
O Grupo Rio Alto Energias Renováveis, responsável pela implantação e pioneiro no país, considera o piloto na “Canadá”, como um dos planos mais dirigíveis, mais bem aproveitados de toda a Paraíba o plano piloto consta de 6 usinas a gerar energia solar. Afora o Parque de Coremas, Santa Luzia é tido como um dos maiores parques solares do estado.
O boom no desenvolvimento causado pela chegada das energias solar e eólica na Rainha do Vale do Sabugi, como é mais conhecida, é facilmente perceptível na cidade e em outras da região, a exemplo de Patos, a mais de 300 Km de distância, onde engenheiros e técnicos de manutenção das torres eólicas, se tornaram mensalistas de hotéis.
A menor L.R., aqui bem representada, pela sua genitora, ambas já qualificadas Requereu neste Juízo, a ação ora em comento, que cuida de um pedido – REVISÃO DE ALIMENTOS.
Já se passaram quatro anos, processo distribuído, não obteve resposta, daquilo que tinha pedido. E, para que não fique, a marca da incerteza, vem pela Defensoria, rogar uma maior presteza.
Conforme escrito está na peça ainda em uso, em junho do ano 12, fez-se o pedido augusto. Entramos no ano 16, junho chegou novamente. É de causar surpresa – processo ainda concluso.
A requerente, Doutor, não pede nada de anormal. Somente que movimente a prestação jurisdicional. Impulsionando-se o feito, com despacho a contento. Para assim se revisar valores de alimentos.
O que precisa! É quase nada. Por isso vem com vênia e respeito, pelo seu Defensor Público Rogar um novo rumo ao feito.
Não custa nada pedir, atenda o nosso pedido, sacia a sede de justiça, de um povo tão sofrido, apenas um simples despacho, “Cite-se, conforme requerido”.
Pedindo escusas pelos versos, que dá forma ao pedido Espera ser acatado Juntada e DEFERIDO.
www.valenoticiapb.com.br – Por Cândido Nóbrega