Paraíba se consolida como 2º maior produtor de etanol do Nordeste
Estado se destaca na produção de etanol e açúcar, impulsionado por demanda interna e externa
As usinas de açúcar e etanol da Paraíba encerraram a safra 2023/2024 na segunda quinzena de junho, alcançando um processamento total de 7,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Esse volume resultou na produção de mais de 230 mil toneladas de açúcar e 381 milhões de litros de etanol, consolidando o estado como o segundo maior produtor de etanol do Nordeste, atrás apenas de Alagoas, que produziu 468 milhões de litros, segundo o Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB).
A Paraíba também se destacou na moagem de cana, ocupando o terceiro lugar na região Nordeste. O estado atualmente está em entressafra, com previsão de início da safra 2024/2025 para meados de agosto.
No primeiro semestre deste ano, a Paraíba exportou mais de 52 mil toneladas de açúcar para 11 países, com a República do Congo e os Estados Unidos sendo os principais destinos. Esse desempenho reflete a forte demanda internacional pelo açúcar produzido na região.
O Sindalcool-PB também destacou o crescimento do consumo de etanol, impulsionado pela competitividade de preços e pela crescente conscientização ambiental entre a população. O consumo acumulado nos primeiros cinco meses de 2024 foi o mais alto desde 2019.
A safra 2023/2024 também registrou um aumento na produção de açúcar, influenciado por diversos fatores. A entidade destacou que a imprevisibilidade das políticas de precificação dos combustíveis tem prejudicado os biocombustíveis, como o etanol, em comparação aos combustíveis fósseis, levando os produtores a focarem mais na produção de açúcar. Além disso, o mercado internacional favorável também contribuiu para esse aumento. A expectativa é de que a produção continue crescendo nas próximas safras, mantendo a importância do etanol no cenário.
Desempenho e Empregos no Setor Sucroenergético
Houve uma redução de aproximadamente 6% na quantidade de cana moída em comparação com a safra anterior, segundo o Sindalcool-PB. Apesar dessa queda, a safra foi considerada positiva, com condições climáticas relativamente favoráveis. A diminuição no volume de chuvas foi compensada pela boa distribuição ao longo do período, o que beneficiou o desenvolvimento da cana. A introdução de tecnologias avançadas, como a irrigação por gotejamento, e o aumento da produtividade média em algumas áreas também contribuíram para o desempenho positivo.
Em termos de geração de empregos diretos, o setor sucroenergético criou cerca de 12 mil postos de trabalho nos primeiros meses de 2024. Esse número deve aumentar à medida que a safra avança, com estimativas de emprego total entre 18 e 20 mil trabalhadores até o final do ano, conforme a média dos anos anteriores. Além disso, o número de empregos indiretos quase dobra, considerando o efeito multiplicador e a presença do setor em diversos municípios do estado.
www.valenoticiapb.com.br – Por Portal do Agronegócio