Mano admite que mudanças não surtiram efeito e aponta desgaste físico do Bahia
O técnico Mano Menezes, do Bahia, comentou o revés de 2 a 0 para o Ceará na noite do sábado (5), na Arena Fonte Nova, pelo Brasileirão. Sem querer “misturar” as três derrotas seguidas do time, o comandante tricolor elogiou o primeiro tempo, reconheceu a queda de rendimento na etapa final e afirmou que as mudanças durante o jogo não ofereceram fatores positivos ao grupo.
“A coisa mais errada é colocar tudo no mesmo saco e transformar coisas diferentes em iguais. O jogo de hoje teve outra conotação. O Bahia fez um primeiro tempo muito bom, criando oportunidades, controlando o adversário, rondando a meta para construir a vitória que por detalhes no primeiro tempo não aconteceu. No segundo tempo estivemos muito mal. Com exceção do goleiro, todas as outras alterações não acrescentaram coisas positivas. Isso entra no pacote da semana do desgaste na Argentina, da superação, da entrega… A gente já mexeu na equipe para dar um pouco mais de saúde, colocar jogadores que não entraram porque sabíamos que eles iam sentir. Na segunda parte tínhamos uma expectativa, mas ela não aconteceu. A equipe decresceu, foi dominada pelo Ceará e sofreu o gol com um desgaste físico grande e não teve como reagir”, disse.
Mano se alongou sobre os erros da equipe, mas também não deixou de criticar a arbitragem. O comandante tricolor afirmou que viu um toque de mão no lance do primeiro do Vozão, marcado por Vina.
“Senti que a equipe já tinha um decréscimo, erramos muito. Inclusive lances não forçados. Tenho uma dúvida, olhei o lance dez vezes, parece que a bola bateu no braço do jogador do Ceará, o que anularia o gol. É assim, né? Tem momentos que parece que somos prejudicados, tem momentos que parecem que somos beneficiados. Contra o São Paulo tivemos um lance claro de pênalti e hoje esse lance discutível que me parece que bateu na mão”, bradou.
Para superar a má fase no Brasileirão e buscar equilíbrio enquanto luta pela Sul-Americana, o técnico indicou que a equipe precisa entender a sua identidade e voltar a ter boas atuações.
“Voltar a jogar bem, como fizemos no primeiro tempo. Nos jogos anteriores, no primeiro tempo contra o São Paulo foi mais ou menos, taticamente controlamos bem, mas não tivemos tanta força ofensiva, natural contra um time de ponta no campeonato. Fizemos um jogo muito ruim em Bragança e esteve abaixo do nível. Temos que botar a cabeça no lugar, nos entender como identidade de time”, projetou.
Valenoticiapb.com.br – Com Bahia Notícias – por Ulisses Gama, Foto: Jefferson Peixoto / Ag. Haack / Bahia Notícias