Covid-19 já matou dois famosos radialistas na Paraíba
No dia 28 de junho do corrente ano morreu João de Souza Sobrinho e neste sábado (19-12-2020), foi a vez de Gláucio Lima. Os dois radialistas pertenciam a ‘Rádio Tajajara da Paraíba’, com sede em João Pessoa.
O radialista paraibano Gláucio Lima morreu aos 55 anos por complicações da Covid-19, na tarde deste sábado (19), em Santa Rita, na Paraíba. Ele estava internado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Glaúcio era repórter setorista do Botafogo-PB e trabalhava há mais de 20 anos na Rádio Tabajara. Ele tinha 55 anos de idade e deixa esposa e quatro filhos.
O Governo da Paraíba lançou uma nota de pesar, lamentando a morte do radialista: “Apaixonado pelo que fazia e entusiasta do futebol paraibano, o “Olho Vivo”, como era conhecido Glaucio Lima, era uma referência da crônica esportiva na Paraíba e muito conceituado na imprensa local.”
Nas redes sociais, o Belo lamentou a morte e prestou solidariedade aos parentes e amigos de Gláucio. “A morte precoce do radialista, de 55 anos, vítima da Covid-19, deixa nossa torcida órfã e todos que fazer o clube enlutados”.
O último jogo que Gláucio trabalhou foi em 23 de novembro, menos de um mês atrás. Ele esteve no Estádio Almeidão naquele dia para cobrir Botafogo-PB x Remo pela Série C do Campeonato Brasileiro de 2020.
Na Tabajara, ele trabalhava desde janeiro do ano 2000, estreando na cobertura da Copa São Paulo de Futebol Juniores. Era atuante nas reportagens de campo, sempre levando todos os detalhes das partidas aos ouvintes e interagindo com comentaristas e narradores nas principais partidas transmitidas pelas ondas da Rádio 105,5 FM e 1.110 AM. Gláucio também apresentou o programa Brega Show na emissora, dos anos 2008 a 2018.
Entre as manifestações públicas de pesar pela morte do radialista, hoje, está a do presidente da Associação Paraibana dos Cronistas Esportivos (APBCE), Elialdo Silva, que reforçou a forte representatividade de Gláucio dentro do universo esportivo. “A imprensa esportiva está de luto pela passagem de mais um de seus integrantes. Gláucio representava uma bandeira muito forte da categoria, já que era bastante atuante nas resenhas da Tabajara e nas transmissões das partidas. Desejamos conforto a toda família. Sua ausência será uma lacuna a ser preenchida no dial da tradicional Rádio Tabajara”, lamentou.
O governador João Azevêdo também registrou em suas redes sociais, os pêsames pela perda do repórter da Tabajara, enfatizando a paixão de Gláucio pelo futebol paraibano. “Lamento a morte do radialista e cronista esportivo, Gláucio Lima, repórter setorista do Botafogo Futebol Clube e da Rádio Tabajara. Apaixonado pelo que fazia e entusiasta do futebol paraibano, o “Olho Vivo”, como era conhecido, foi uma referência da crônica esportiva na Paraíba e muito conceituado na imprensa local. Aos familiares, amigos e colegas de profissão, minhas condolências”, finalizou.
Para o gerente do setor de esportes da Rádio Tabajara, Lima Souto, fica uma lacuna na equipe e nos trabalhos de campo que Gláucio fazia. O narrador esportivo contava sempre com a companhia do parceiro de transmissões em, praticamente, todas as coberturas da emissora. “Para mim, e para toda nossa equipe esportiva, Gláucio Lima foi e sempre será aquele cara alegre, brincalhão, muito divertido. É uma grande perda. Gláucio era sempre preciso com as informações. Tive a oportunidade de trabalhar com ele em outros prefixos e foi ele que me abriu as portas para o rádio esportivo aqui em João Pessoa”, contou.
Em nome da Rádio Tabajara e de todos os que fazem a emissora, integrante da Empresa Paraibana de Comunicação – EPC, a diretora de Rádio e TV, Albiege Fernandes reforçou o grande pesar por essa perda. “Gláucio Lima foi uma marca na Rádio Tabajara por 20 anos. Seus comentários esportivos ‘sacudiam’ a torcida botafoguense, sua alegria cativou seus companheiros de trabalho, e infelizmente, agora, sua voz calou. Nossa solidariedade à sua família e nossas homenagens ao companheiro Gláucio”, pontuou.
O Botafogo Futebol Clube da Paraíba emitiu uma nota de pesar pela morte do setorista do clube. Segue na íntegra: “É com extremo pesar que o Botafogo Futebol Clube vem a público lamentar, profundamente, o falecimento do radialista Gláucio Lima, neste sábado, em João Pessoa. Gláucio Lima foi, por muitos anos, há mais de uma década, setorista do Botafogo na Rádio Tabajara. Uma relação profissional que se tornou também de amizade. Era, pela voz de Glaúcio Lima, que a torcida do Belo se informava. A morte precoce do radialista, de 55 anos, vítima da Covid-19, deixa nossa torcida órfã e a todos os que fazem o clube, enlutados.
A API – Associação Paraibana de Imprensa também emitiu nota lamentando a morte do repórter Gláucio Lima. “A Associação Paraibana de Imprensa através de sua diretoria e em nome de todos os associados se une a todos os colegas de imprensa para lamentar a morte do repórter Gláucio Lima, ocorrida neste sábado. Gláucio atuava desde o ano 2000 como repórter da Rádio Tabajara, onde cobria as atividades do Botafogo da Paraíba e se destacou pela seriedade com que tratava seu trabalho e as informações. A API deseja força e fé á família e aos amigos de Gláucio Lima”, diz a nota.
No dia 08 de abril de 2009, no jogo Botafogo e Treze, no Almeidão, Gláucio Lima entrevistou o Mamanguapense Vavan, jogador do Botafogo na época
Grande nome da crônica esportiva paraibana, João de Souza morre em João Pessoa, aos 73 anos
Já João de Souza Sobrinho, faleceu no dia 28 de junho do corrente ano, aos 73 anos. O Cronista esportivo era respeitado no meio futebolístico da Paraíba.
O radialista estava internado em um hospital público da capital paraibana, onde vinha lutando contra o novo coronavírus nas últimas semanas, mas a doença deixou sequelas irreversíveis em seus pulmões. A família de João informou que ele até chegou a ter o diagnóstico de cura da doença, mas morreu vítima de insuficiência respiratória. Ao longo da carreira, João se destacou, chegando a cobrir quatro edições de Copa do Mundo.
João de Souza Sobrinho era paraibano e trabalhou por 20 anos na Rádio Tabajara, do Governo do Estado. Foi no veículo de comunicação que ele mais brilhou na carreira, chegando ao cargo de chefia do Departamento de Esportes. Além disso, representou o estado em quatro coberturas de Copa do Mundo: México (1986), Itália (1990), Estados Unidos (1994) e França (1998), além de em cinco finais de Libertadores. Ele também estava no Maracanã no dia 6 de março de 1980, quando o Botafogo-PB derrotou o Flamengo de Zico pelo placar de 2 a 1, num dos maiores feitos do futebol local.
Na imprensa paraibana, João de Souza também presidiu a Associação dos Cronistas Esportivos da Paraíba (Acep).
Homenagens ao radialista
Editor de esportes da Rede Paraíba de Comunicação, Expedito Madruga homenageou João de Souza em suas redes sociais. Na postagem, o jornalista relembrou que o radialista foi quem lhe deu a primeira oportunidade no jornalismo esportivo.
Outro que já havia homenageado João de Souza foi o poeta e repentista Oliveira Francisco de Melo, mais conhecido como Oliveira de Panelas. Uma de suas poesias celebra a carreira do radialista, demonstrando o tanto de saudade que ele vai deixar na crônica esportiva paraibana.
“João de Souza e seus valores
Mostram um talento profundo
Com quatro Copas do Mundo
E com cinco Libertadores
Entende de jogadores
Da melhor forma que eu vi
Ele está por aqui
Com força e disposição
João de Souza, o campeão
De audiência vem aí!”
(Oliveira de Panelas)
O Botafogo-PB também prestou homenagem a João de Souza em suas redes sociais. O Belo se referiu ao cronista como o dono de “uma das vozes mais representativas do estado”.
Aos 73 anos, o radialista deixa a esposa e dois filhos. João de Souza lutou contra a Covid-19 nas últimas semanas e ainda foi vítima de um AVC. O novo coronavírus, que vem abalando o mundo em 2020, acarretou sequelas respiratórias no cronista, que não resistiu.
VALENOTICIAPB.COM.BR
A imprensa do Vale do Mamanguape também sente profundamente as mortes de João de Souza e Gláucio Lima. Através de Benes Lindolfo, do valenoticia.pb.com.br registramos os nossos profundos sentimentos a família dos dois profissionais da Imprensa Paraibana, vítimas da covid-19.