CONAB aponta queda acentuada nas exportações de açúcar e etanol do Brasil
Números foram divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que prevê alta de preços no mercado interno devido à baixa produção
As questões climáticas continuam mostrando estragos no agronegócio. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta que tanto o açúcar, quanto o etanol, estão em baixa em termos de exportações. Isso porque a venda de açúcar para o mercado externo nos onze meses da safra 2021/22 alcançou cerca de 24,5 milhões de toneladas, uma redução de 18,8% na comparação com igual período do ciclo anterior.
Processo semelhante ocorreu nas exportações de etanol. No caso do biocombustível, a redução chega a 41,4% no acumulado dos onze meses da safra 2021/22. De acordo com a análise da Conab, o menor volume de venda para o mercado externo é explicado pela quebra da produção na temporada e por problemas logísticos no transporte marítimo internacional.
A estimativa da Conab é de que a produção de cana-de-açúcar no Brasil deve ser de 568,4 milhões de toneladas na safra 2021/22, uma queda de 13,2% na comparação com a produção de 654,5 milhões de toneladas do ciclo anterior. Essa redução se deve à uma menor área cultivada aliada a uma menor produtividade dos canaviais em razão da seca e das geadas do último inverno.
CANA-DE-AÇÚCAR E ETANOL TERÃO ALTAS DE PREÇOS
Após a queda nos preços de açúcar registrada nos dois primeiros meses do ano, o produto volta a registrar valorização em março. De acordo com o boletim da conjuntura mensal sobre a cana-de-açúcar, publicada nesta semana pela Conab, a alta segue o comportamento do mercado externo, em um movimento influenciado pelo aumento das cotações de petróleo.
O lado bom é que essa elevação de preços no cenário doméstico tende a ser limitada devido à aproximação da safra 2022/23 de cana, com perspectiva de recuperação da produção, além da valorização do real frente ao dólar. Alta também nos preços do etanol, seguindo a valorização do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a melhora na competitividade do biocombustível em relação à gasolina. Fonte: Jornal Midiamax
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