As lições que a Cigarrinha do milho deixa para os agricultores após a safra 21/22

Do Sul ao Centro-Oeste do país, por onde andei, os relatos dos produtores foram um só durante toda a segunda safra de milho: a preocupação com a forte presença de insetos sugadores nas lavouras, mais precisamente a Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).

 

O inseto é o vetor de doenças como o vírus Rayado Fino e dois microrganismos denominados molicutes: Spiroplasma kunkelli (enfezamento pálido) e Fitoplasma (enfezamento vermelho). O surgimento dessas doenças nas plantas está associado à alta densidade populacional de Cigarrinhas do milho infectadas. Além disso, a Cigarrinha do milho ao se alimentar da seiva, por meio de sucção, causa danos diretos na planta, deixando a porta aberta para entrada de fungos e bactérias.

 

E foi justamente esta situação que os produtores enfrentaram nas lavouras nesta safra. Na região Oeste do Paraná, por exemplo, os agricultores relataram registros de até 25% de perda de produtividade nas plantações de milho, por causa da infestação de Cigarrinha do milho. É uma perda muito significativa, que pesa no bolso do produtor.  A segunda safra de milho está na reta final. Resta agora tirar lições deste problema para que o manejo de controle contra insetos sugadores seja mais efetivo nas próximas safras.

 

As associações de produtores e agrônomos apontam vários fatores para a infestação da Cigarrinha ter se manifestado de maneira tão severa em diversas regiões do país, entre eles, a seca prolongada e o plantio do milho ter sido feito em diferentes momentos na mesma região, resultando em plantas em diferentes estádios em áreas próximas.

 

Nós da FMC, empresa de ciências para agricultura, orientamos os produtores que atendemos realizar aplicações entre o fim da colheita da soja e o plantio da safrinha de milho e fazer a rotação de produtos nas lavouras, como medidas de estratégia para controlar a infestação da Cigarrinha durante o ciclo do milho. E posso dividir com vocês que não foi fácil, mas conseguimos bom controle nas lavouras assistidas.

 

Além disso, incessantemente buscamos ter em mãos novas ferramentas para auxiliar o produtor rural no controle de pragas nas lavouras de maneira antecipada. Desta forma, colocamos em prática a tecnologia do Arc™ farm intelligence, uma plataforma ágil e simples para monitoramento de pragas, que facilita o acompanhamento da pressão dos insetos. Após a coleta dos dados, temos disponível na palma da mão informações como mapas de calor de infestação, gráficos de evolução semanal e informações específicas de cada armadilha, auxiliando o agricultor na tomada de decisão para o melhor momento de aplicação e de defensivos a serem utilizados.

 

Durante a safra 21/22, o Arc™ farm intelligence monitorou mais de 1,7 milhão de hectares, nas culturas de soja, milho e algodão, nos estados da Bahia, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul, para manejos contra o Bicudo-do-algodoeiro, inseto que causa danos expressivos na cultura do algodão, e as lagartas do gênero Spodoptera. As informações antecipadas tornaram os manejos otimizados, assertivos e de fundamental importância para o controle destes insetos nas plantações.

 

O manejo orientado com dados do Arc™ farm intelligence  teve resultado tão importante que para a safra 22/23 o trabalho terá a cobertura ampliada, realizando também o monitoramento para a Cigarrinha-do-milho e a lagarta Helicoverpa. Baseada em consultoria de lavoura avançada e machine learning,  a ferramenta é uma inovação na agricultura de precisão ao utilizar modelagem preditiva com dados históricos agregados, modelos entomológicos, dados climáticos de localização precisa e mapeamento de pragas a nível regional e em tempo real, para garantir que os produtos certos de proteção de cultivo sejam aplicados no local correto e no momento necessário.

 

É um grande avanço para o controle de pragas, que depende de manejo no momento certo para ser combatida com assertividade. A FMC tem por propósito estar ao lado do produtor nesta jornada para a busca de produtividade. Para todos os produtores desejo bons negócios e até a safra 22/23! Por Daniela Tavares, diretora de marketing Brasil da FMC. Fonte: Alfapress Comunicações

 

www.valenoticiapb.com.br – Por Portal do Agronegócio

 



Publicidades