Aplicar adubo orgânico sólido não é igual ao convencional
Profissional da Piccin esclarece quais são as principais diferenças entre as distribuições e detalha os principais pontos que o produtor deve ficar atento
Com o crescimento acentuado da adoção dos insumos orgânicos, todos os setores do agronegócio precisam acompanhar esse “boom”. Em muitos casos são necessárias modificações de conduta, operação e até de maquinário. É o caso dos equipamentos que fazem a distribuição de adubos orgânicos sólidos. Para este tipo de fertilizante, alguns pontos são importantes quando o produtor faz essa escolha.
“Devemos levar em conta que a composição química, a quantidade menor de nutrientes e sua disponibilização mais lenta faz com que a aplicação de adubos orgânicos seja sempre em altas dosagens”, conta Marco Gobesso, engenheiro agrônomo e head de marketing da Piccin Tecnologia Agrícola, empresa especialista em soluções para o preparo de solo.
Outro ponto que merece destaque, diz respeito à composição física. As diferentes origens dos fertilizantes orgânicos e a existência ou não de preparações e misturas antes da aplicação traz uma grande variação nas condições de umidade, granulometria e densidade nas opções hoje utilizadas.
Os dois pontos citados acima afetam diretamente o desempenho da distribuição quando não são observados. “A alta dosagem e a grande variação nas condições físicas do produto pedem atenção na escolha dos implementos que vão ser utilizados nesta operação”, destaca o profissional.
Segundo Gobesso o produtor deve estar atento a uma lista de características importantes nestes implementos para distribuição. São elas:
Escoamento do material: o desenho das caixas pode provocar a formação de “túneis” por não permitir o escoamento de materiais com diferentes características físicas;
Distribuição em alto volume: os mecanismos de distribuição, como os discos no caso de distribuição em área total, podem não trabalhar corretamente com grandes quantidades de produtos;
Esteiras: a capacidade de transportar o material pode ser afetada quando trabalhamos com materiais muito úmidos por exemplo. Teremos muito atrito e pouca movimentação;
Aplicação localizada: sistemas de distribuição localizada são importantes para aplicação em culturas perenes ou em sulcos.
Equipamento certo, menos desperdício
Assim como na aplicação de outros insumos, os tempos atuais pedem maior controle nas dosagens e na eliminação de desperdícios no campo. Não observar as condições do seu distribuidor e sua adequação para aplicação de compostos orgânicos impede de atuar com estes controles. “Podemos aplicar menos do que o indicado e afetar a produtividade da cultura, aumentar desperdícios e também afetar o rendimento e vida útil dos nossos equipamentos”, explica o engenheiro agrônomo.
Empresa preparada
A Piccin se preocupa em oferecer soluções que possam atender os produtores de todo o País com a versatilidade de trabalhar com todos os tipos de produtos, sejam eles sementes, corretivos e fertilizantes químicos ou orgânicos. Para isso desenvolveu todos os seus distribuidores com as Esteiras Precisas, componente criado e patenteado pela empresa para melhorar o desempenho e controle de qualquer tipo de produto, seja ele orgânico ou mineral.
Esta exclusividade é um grande diferencial para produtores que querem utilizar orgânicos em complementação ou até como substituição dos minerais. A empresa também atua com uma linha de dois produtos que merecem destaque na aplicação de orgânicos. Um deles é a linha “D”, tem desenho de caixa com ponto de quebra para facilitar escoamento e evitar formação de “túneis”, trabalha com duas opções de esteiras Precisa (400 e 800 mm) e tem ajuste na posição dos discos lançadores para compensar operações com altos volumes.
Já as linhas DH EI e D EI incorporam também a hidráulica e o acionamento independente das esteiras, soluções que permitem aplicação localizada em culturas perenes pois possibilitam o desligamento e não aplicação nas falhas das ruas ou até aplicação em sulcos (com uso da bica central). “Também é importante lembrar que são máquinas que mantêm o alto desempenho na aplicação de corretivos e fertilizantes químicos”, relata Gobesso.
Novidades
As mudanças com o aumento do uso de insumos orgânicos já começaram e devem aumentar no futuro. A dependência das soluções atuais vem sendo colocada em dúvida com os últimos acontecimentos relacionados à escassez e custo de matéria prima. O cenário é complexo e envolve uma necessidade crescente de aumentar a capacidade produtiva sem deixar de pensar em custos e sustentabilidade.
“A pressão das políticas ambientais, a capacidade logística e a capacidade de geração de energia já são pontos que nos direcionam a buscar alternativas viáveis. Se participarmos desta cadeia não podemos deixar de pensar nos nossos clientes e desenvolver soluções para apoiar estas mudanças”, finaliza o profissional da Piccin. Fonte: RuralPress
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