Governo federal anula isenção fiscal de líderes religiosos

Receita decidiu suspender imunidade tributária sobre os salários de ministros de confissão religiosa

 

O Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria Especial da Receita Federal, decidiu derrubar a norma que dava isenção fiscal a líderes religiosos.

 

A medida tinha sido concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e começou a valer em 1º de agosto de 2022, no período eleitoral.

 

Leia Mais

Governo sanciona lei que cria bolsa de qualificação profissional para moradores de rua

Barroso diz que STF age quando não há regulamentação do Congresso: “Às vezes, aparece um caso concreto e temos que atuar”

Indicação de Mantega na Vale seria contrapeso à “influência bolsonarista”, dizem fontes

 

A revogação foi publicada nesta quarta-feira (17) no Diário Oficial da União (DOU) e é assinada pelo Secretario Especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

 

A medida previa a isenção fiscal em salários e remunerações pagas pelas igrejas aos pastores.

 

Segundo o ato, “os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministros de confissão religiosa, com os membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, em face do mister religioso ou para a subsistência, não são considerados como remuneração direta ou indireta”.

 

Na decisão, a Receita alega que o ato de 2022 não foi aprovado pela subsecretaria de tributação, o que justificaria sua anulação.

 

A medida provoca mais um incômodo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as lideranças religiosas, principalmente os evangélicos.

 

Desde o início do governo, pastores e bispos ligados ao ex-presidente Bolsonaro mantêm críticas ao presidente e reclamam de falta de espaço nas decisões.

 

www.valenoticiapb.com.br – Por Pedro Teixeira, da CNN, Foto: Reuters/Adriano Machado

 

 

 



Publicidades